Equipe de Busca por Bruno Iriwana Karajá conta com apoio de helicóptero da PM de Mato Grosso
Um helicóptero da Polícia Militar de Mato Grosso (MT) será integrado à equipe de busca pelo menino indígena Bruno Iriwana Karajá, de 11 anos, que desapareceu no último domingo (21) de uma aldeia na Ilha do Bananal. A aeronave, pertencente ao Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer), partiu de Cuiabá (MT) na quinta-feira (25), porém, não conseguiu chegar à aldeia devido às más condições climáticas. O helicóptero pernoitou em Confresa (MT) e seguiu viagem na manhã desta sexta-feira (26).
Dificuldades da busca na região
A região onde o menino desapareceu está localizada entre os municípios de Santa Terezinha (MT) e Pium (TO), em uma área de divisão entre os dois estados. Além das dificuldades de acesso na mata fechada, as chuvas têm dificultado o uso de drones termais e a previsão é de mais chuva nos próximos dias.
Para contornar essas dificuldades, um caminhão-tanque com carregamento de combustível para o helicóptero foi enviado na quinta-feira (25) e está a caminho da aldeia, partindo de Palmas.
Equipe de busca integrada
A busca pelo menino Bruno teve início na segunda-feira (22) com a atuação do Grupo de Resgate dos Bombeiros e do Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Militar (Graer) do Tocantins. As equipes estão se organizando em grupos de busca e contaram com a ajuda de moradores da aldeia Wutaria para encontrar pegadas que possivelmente seriam do menino desaparecido. Entretanto, mesmo seguindo os rastros, a equipe não conseguiu localizar Bruno.
Na quarta-feira (24), três bombeiros militares do Mato Grosso, dois cães farejadores e três agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) uniram-se às equipes do Tocantins na força-tarefa. Atualmente, cerca de 50 pessoas, entre militares e indígenas, estão envolvidas nas buscas.
Equipamentos e pistas encontradas
Para auxiliar na localização do menino, estão sendo utilizados seis drones, sendo que quatro deles possuem sensores térmicos que possibilitam a identificação de presença de pessoas na mata. As buscas terrestres estão concentradas na região das aldeias Macaúba e Wutaria, onde foram encontrados mais vestígios.
Segundo os bombeiros, em seis dias de busca, Bruno teria sido visto em duas ocasiões. No domingo (21), um vaqueiro o teria avistado a cerca de 15 km da aldeia Macaúba, porém, como ele não sabia sobre o desaparecimento, não tentou abordar o menino. Já na quarta-feira, um cacique de uma das aldeias relatou tê-lo visto, mas quando se aproximou, Bruno teria fugido. Apesar das buscas realizadas no local indicado, o menino não foi encontrado novamente.
Quatro cães que estavam junto com Bruno retornaram à aldeia nos dias seguintes ao desaparecimento, como informado pelo cacique Rodrigo Karajá, aumentando ainda mais a preocupação e a tristeza da comunidade. Mesmo assim, eles mantêm a esperança de encontrá-lo em segurança.
Desafios enfrentados pela equipe de busca
As principais pistas para traçar a área de busca são as pegadas deixadas pela criança, porém, a chuva intensa tem ameaçado a preservação dessas pistas. Além disso, as condições climáticas têm dificultado os trabalhos, especialmente o uso dos drones. A previsão é de mais tempo fechado na região.
Diante dos desafios, os indígenas têm percorrido os rios da região de canoas, buscando pistas do paradeiro do garoto. Além disso, eles acompanham os militares durante a madrugada, incansáveis na tentativa de encontrar Bruno em segurança.
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