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Prates estuda abrir 'Petrobras Arábia' (PETR4) após convite da Opep+ ao Brasil –

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A Petrobras estudará a abertura de subsidiária no Oriente Médio, fortalecendo laços comerciais na região do Golfo Pérsico

A Petrobras, uma das maiores empresas de energia do Brasil, anunciou que iniciará um estudo para analisar a viabilidade de abrir uma subsidiária no Oriente Médio. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, revelou a iniciativa durante entrevista à imprensa, denominando-a de "Petrobras Arábia". O objetivo seria fortalecer os laços comerciais da companhia na região do Golfo Pérsico.

A adesão do Brasil à Opep+ e sua influência nas decisões do bloco

Este anúncio da Petrobras ocorre logo após a sinalização de adesão do Brasil à Opep+, uma entidade formada por 23 países, envolvendo membros da Opep e países aliados. A Opep é composta por países que têm obrigações a cumprir, como o aumento ou a redução da produção de petróleo. Já os países da Opep+ não possuem essas obrigações.

Atualmente, a Opep+ conta com países como Azerbaijão, Bahrein, Malásia, México e Rússia. A participação do Brasil no grupo foi defendida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Cúpula do Clima da ONU em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Lula argumentou que a presença do Brasil é importante para convencer países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis.

Apesar da adesão brasileira, o Ministério de Minas e Energia garantiu que o país não será submetido a nenhuma cota máxima de produção. Lula ressaltou que o Brasil participará apenas das decisões da Opep+, sem ter influência em suas deliberações.

A Petrobras e a transição energética

O presidente Jean Paul Prates defende que as receitas petrolíferas sejam gradualmente aplicadas em esforços de transição energética. Durante a COP-28, em Dubai, ele afirmou que o mundo ainda precisa do petróleo, mas é importante que as receitas geradas pela indústria sejam utilizadas cada vez mais na transição para fontes energéticas mais sustentáveis.

Segundo Prates, a Petrobras e outras empresas do setor debaterão sobre o papel das petroleiras na transição energética durante a conferência. Esse debate será a principal contribuição da Petrobras e de suas concorrentes estatais e privadas no evento.

Parcerias com a Arábia Saudita e a retomada das fábricas de fertilizantes

No início deste mês, o presidente da Petrobras tinha mencionado a possibilidade de parcerias com a Arábia Saudita para projetos energéticos de segurança, acessibilidade e sustentabilidade. Durante o Fórum Empresarial Arábia Saudita-Brasil, em Riade, o presidente Lula convocou a Arábia Saudita a avaliar parcerias na área de fertilizantes.

O Brasil é um dos maiores importadores de fertilizantes e, ao mesmo tempo, é um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo. A Petrobras possui quatro fábricas de fertilizantes, sendo uma em construção e três que foram hibernadas ou arrendadas. O objetivo agora é retomar todas essas unidades, começando pela hibernada no Paraná.

Além disso, estão sendo discutidos projetos conjuntos para as fábricas arrendadas na Bahia e em Sergipe. A fábrica em construção em Três Lagoas tem previsão de iniciar a operação em 2028, com a possibilidade de antecipação.

"É preciso compreender que o mundo simplesmente não pode parar de usar petróleo de um dia para o outro. Nós ainda vamos precisar dele. É importante também que as receitas petrolíferas dos Estados e empresas sejam usadas gradualmente cada vez mais para a transição energética" - Jean Paul Prates.

A Petrobras demonstra seu interesse em fortalecer sua presença no Oriente Médio, abrindo uma subsidiária na região do Golfo Pérsico. A adesão do Brasil à Opep+ também demonstra a busca do país por influenciar decisões em prol da transição energética. Parcerias com a Arábia Saudita podem impulsionar projetos de segurança e sustentabilidade energética, além da retomada das fábricas de fertilizantes da Petrobras. Ainda que o mundo precise gradualmente reduzir sua dependência do petróleo, é fundamental aproveitar as receitas da indústria para investir cada vez mais em fontes de energia sustentáveis.

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