Ré por participação no assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, Paula Caroline Ferreira Rodrigues, de 29 anos, foi absolvida
Em um julgamento popular realizado nesta sexta-feira (15) na 1ª Vara de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Paula Caroline Ferreira Rodrigues, acusada de participação no assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni, foi absolvida. De acordo com seu advogado de defesa, Jean Severo, ela foi libertada no mesmo dia.
O crime ocorreu em 2015, quando José, então com 23 anos, mantinha um relacionamento amoroso com Paula, que era namorada de Juliano Biron da Silva, apontado como chefe de uma organização criminosa. Acredita-se que o assassinato de José tenha sido motivado por ciúmes de Juliano, que foi julgado e condenado a 18 anos de prisão.
Acusação e defesa
Paula era acusada de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. No entanto, sua defesa argumentou que ela foi coagida por Juliano a participar do crime e que vivia em um relacionamento abusivo, sofrendo agressões físicas e psicológicas.
A prisão de Paula e Juliano ocorreu em 2015, mas Paula foi liberada provisoriamente em 2018. O caso foi a júri popular em 2020, e Juliano foi condenado a 19 anos e seis meses por homicídio qualificado e a um ano e dois meses por ocultação de cadáver.
No dia do julgamento, Paula alegou problemas de saúde e não compareceu. Contudo, a polícia descobriu que essas alegações de problemas de saúde eram falsas e expediu um mandado de prisão preventiva para que ela comparecesse ao tribunal. O mandado foi cumprido e Paula foi presa em outubro deste ano.
O crime
O fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni foi encontrado morto em julho de 2015, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, vítima de 19 tiros. Ele havia desaparecido no dia anterior, quando saiu para ir a uma academia.
De acordo com as investigações, José foi torturado antes de ser assassinado. A polícia analisou mais de 300 horas de imagens gravadas por 80 câmeras de segurança para desvendar o caso. O crime teria ocorrido depois que Paula convidou Gustavo para um encontro, que serviu como armadilha para que ele entrasse no carro onde Juliano aguardava no banco de trás, armado.
A polícia acompanhou todo o trajeto feito pelo trio. Gustavo entrou no carro de Paula, sem saber que Juliano estava escondido. O casal levou Gustavo até a Praia do Paquetá, em Canoas, onde o fotógrafo entrou em luta corporal com Juliano e Paula. Infelizmente, ele foi agredido e baleado 19 vezes.
Gustavo trabalhou como fotógrafo do Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul, por pouco mais de dois anos, durante o mandato do ex-governador Tarso Genro. Antes de sua morte, ele trabalhou em uma produtora de eventos em Canoas.
Conclusão
No julgamento popular realizado nesta sexta-feira, a ré Paula Caroline Ferreira Rodrigues foi absolvida da acusação de participação no assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni. A defesa de Paula sustentou que ela foi coagida por seu ex-namorado Juliano a participar do crime e que ela vivia em um relacionamento abusivo.
Enquanto Juliano foi condenado a 18 anos de prisão, Paula passou quase dois anos na prisão antes de ser liberada provisoriamente em 2018. No entanto, segundo as investigações, ela mentiu sobre problemas de saúde para evitar comparecer ao julgamento, o que resultou em sua prisão em outubro deste ano.
O assassinato de José Gustavo Bertuol Gargioni chocou a cidade de Canoas em 2015. Ele foi encontrado morto, vítima de tiros, e as investigações revelaram a tortura que ele sofreu antes de ser assassinado. Espera-se que a justiça tenha sido feita com a condenação de Juliano, embora a absolvição de Paula tenha gerado controvérsias.
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