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‘Rota do Furto’: setor de reciclagem faz propostas às autoridades para diminuir a incidência dos furtos

A Investigação da Série Rota do Furto: O Combate ao Roubo de Cobre no Rio de Janeiro

A série de reportagem Rota do Furto veiculada no programa RJ1 revelou que o cobre furtado no Rio de Janeiro costuma ser vendido para ferros-velhos antes de ser encaminhado para depósitos de sucata. Diante disso, o setor de reciclagem propôs a criação de um canal de denúncia direto e exclusivo para o tipo de furto, visando flagrar a ação criminosa com mais facilidade.

De acordo com especialistas da área, essa forma de denunciar o furto ou um material suspeito seria uma maneira mais eficaz de combater o crime. "A nossa ideia é que seja feito um grupo de trabalho entre as autoridades, as concessionárias que estão sendo furtadas e os recicladores. A criação de um aplicativo, em parceria com as concessionárias, alertando onde está ocorrendo o furto de determinado material ou a suspeita do envolvimento de ferros-velhos", revela Eduardo Macedo, gerente técnico da CRR Recicladora.

Segundo Macedo, muitas vezes os recicladores são injustiçados quando estão com material suspeito. No entanto, ele pontua que só existe furto porque há quem compre esse material. Nesse sentido, é indispensável a colaboração do setor de reciclagem na resolução do problema. "O reciclador de bem quer ajudar a resolver o problema. A reciclagem pega toneladas de material e recicla licitamente todos os dias", afirma Michel Assef Filho, representante da Associação dos Recicladores do Estado (ARERJ).

Por outro lado, a diretora da CRR Recicladora, Anice Torres, defende uma fiscalização mais rigorosa. "A gente sugere que a própria polícia e os órgãos de fiscalização possam trabalhar de forma mais eficiente e consciente, sem fazer uma taxação negativa do setor de reciclagem, que exerce uma importância absurda", destaca Torres.

A série Rota do Furto

Em junho, o governo do RJ lançou o aplicativo Sucata Online. O objetivo principal é cadastrar todos os vendedores e a mercadoria comprada e vendida, detalhando informações como volume, peso e valores envolvidos. Nesse contexto, o representante da ARERJ propôs que o aplicativo seja atualizado, incluindo instruções claras sobre como denunciar materiais ilícitos.

Em relação às propostas apresentadas, o governador Cláudio Castro afirmou que pode considerar a ideia de incorporá-la ao aplicativo existente e que irá convocar os representantes para traçar estratégias, mas também fez críticas à situação atual. "Tudo o que vier para agregar é bom. No entanto, não vamos mais aceitar que todas as vezes que apresentamos uma proposta, ela não seja cumprida e sejam trazidas novas propostas, as quais nós acolhemos, mas que, mais uma vez, não são cumpridas", enfatiza o governador.

Castro concorda que falta fiscalização e afirmou que serão realizados concursos públicos para aumentar o efetivo dos batalhões. Na visão do governador, a Supervia, concessionária de transporte ferroviário do estado, também deve adotar medidas de segurança patrimonial. "Jogar nas costas do governo é muito simples quando a própria concessionária não faz sua parte", critica.

O prefeito Eduardo Paes também criticou o setor da reciclagem, destacando a necessidade de trabalhar em conjunto. Ele sugere que os associados da ARERJ, supostamente legalizados, garantam que não comprem materiais de origem desconhecida. Além disso, o prefeito propõe que a associação informe à prefeitura quem são seus concorrentes ilegais, para que medidas sejam tomadas contra eles.

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