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O Ibovespa fecha com alta de 0,17% apesar da queda nos mercados internacionais
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (6) com uma alta de 0,17%, atingindo os 125.731,45 mil pontos. O índice se descolou da movimentação dos mercados internacionais, que fecharam o dia em queda.
Impactos dos setores mais sensíveis e do Boletim Focus
O desempenho positivo do Ibovespa foi impulsionado pela forte reação dos setores mais sensíveis às variações dos juros futuros e ao minério de ferro. Além disso, o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, trouxe uma expectativa menor do IPCA para o final de 2023, o que contribuiu para a valorização do setor de varejo e de tecnologia.
"A expectativa de menor inflação para 2023, conforme apontado no Boletim Focus, é um fator interno que corrobora com a alta do setor de varejo e de tecnologia hoje", destacou Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital.
Desempenho dos mercados internacionais
Nos Estados Unidos, os principais índices encerraram o dia com queda, em uma semana marcada pela divulgação de indicadores de inflação e emprego no Brasil, além dos preços nos EUA. O Dow Jones caiu 0,14%, o S&P 500 recuou 0,20% e o Nasdaq desceu 0,07%.
No mercado de Treasuries, o título de dez anos teve uma queda de 10,1 pontos-base, chegando a 4,383%, enquanto o título com vencimento de 2 anos teve uma queda de 7,3 pontos-base nos rendimentos, ficando em 4,886%, e o título com vencimento de 5 anos caiu 9,6 pontos-base, chegando a 4,385% de retorno.
O dólar encerrou o dia com uma alta de 0,03%, sendo cotado a R$ 4,899 na compra e R$ 4,900 na venda. A divisa norte-americana apresentou um avanço em relação às principais moedas do mundo, com o DXY registrando uma queda de 0,18%.
Impactos no mercado de petróleo
Os preços do petróleo fecharam em queda devido às notícias sobre a extensão do cessar-fogo entre Israel e Hamas, divergências entre membros da OPEP e desaceleração econômica na China. Esses fatores fizeram com que os investidores ajustassem suas expectativas em relação à oferta.
O petróleo WTI para janeiro de 2024 fechou em queda de 0,90%, a US$ 74,86 o barril. Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), registrou uma queda de 0,75%, a US$ 79,87 o barril.
Juros encerram o dia em queda no mercado interno
No mercado interno, os juros encerraram o dia em queda, acompanhando o recuo dos Treasury yields no exterior. Além disso, alguns drivers internos ajudaram a melhorar o balanço de riscos.
"Os juros futuros acompanharam a queda dos yields dos treasuries, mas também contaram com drivers internos que melhoram o balanço de riscos. O cenário fiscal teve mais clareza com os números da arrecadação de outubro e a aprovação pelo STF do pagamento de precatórios, enquanto o noticiário sobre a dificuldade de alguns governadores em aprovarem aumento do ICMS retiraria pressão sobre a inflação", explicou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
A taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,41%, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 registrava 10,085%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 era de 10,22%, a taxa para janeiro de 2028 era de 10,48% e o contrato para janeiro de 2031 marcava 10,87%.
Volatilidade no mercado de ações
O dia foi marcado por volatilidade no mercado de ações, com o setor educacional apresentando um avanço e a Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) registrando quedas. Um dos destaques do dia foi a possível fusão entre a Eneva (ENEV3) e a Vibra (VBBR3), que resultou em uma queda dessas empresas durante a sessão.
"Em mais um dia em que a curva de juros segue o movimento de baixa, ações como YDUQ3, COGN3 e LREN3 aparecem nas maiores altas da bolsa, demonstrando um maior apetite ao risco pelos investidores justamente em papéis que têm um grande upside (potencial de valorização). Não há dúvidas que a queda na curva de juros beneficia esses papéis", ressaltou Silva.
Entre as maiores altas do dia, estiveram Yduqs (YDUQ3), com um avanço de 10,74%, e Cogna (COGN3), com uma alta de 7,19%.
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