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Flip: 21ª edição da festa literária em Paraty, no RJ, termina domingo (26)

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Flip 2021: as mulheres dominam a maior festa literária do país

A vigésima-primeira edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) está chegando ao fim em Paraty, no litoral Sul do Rio de Janeiro. E, neste ano, as mulheres são as protagonistas da programação. A cidade, que normalmente vive uma rotina pacata, é tomada por leitores e escritores, conhecidos e desconhecidos, ávidos por celebrar a literatura.

A atmosfera da festival é fascinante: uma livraria cheia, a praça movimentada e um objeto de desejo em comum: o livro. Carlos Eduardo, estudante, destaca a importância de absorver conhecimento através da leitura de fatos reais. Segundo ele, é uma forma de adquirir sabedoria e ter histórias para compartilhar com as gerações futuras.

Patrícia Galvão: a homenageada da Flip

A autora homenageada deste ano é Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagú. Ela foi uma intelectual, feminista de vanguarda, ativista política dos anos de 1930 e 1940. Sua trajetória e suas obras são um marco na literatura brasileira. Lúcia Teixeira, escritora e educadora, lançou seu quarto livro sobre a multiartista, ressaltando a necessidade de manter viva a sua memória.

A Flip não se restringe a escritores nacionais, ela acolhe autores de vários países, como Equador, Espanha, Canadá e Estados Unidos. O objetivo é diversificar os temas e enriquecer as conversas, proporcionando um intercâmbio cultural. Além disso, há uma preocupação em trazer um público cada vez maior, que possa se identificar e se emocionar com as histórias apresentadas.

Diversidade de vozes e perspectivas

Ariani Teodoro, gerente de negócios, tinha grande expectativa em encontrar a premiada autora cearense Socorro Acioli, conhecida por sua habilidade em mesclar elementos clássicos com a cultura do Norte e Nordeste do Brasil. Ariani ressalta a importância da representatividade regional na literatura e como isso contribui para a formação dos leitores.

Uma das obras de Socorro, intitulada "Cabeça do Santo", ganhou edições em diversos países, como Europa, Estados Unidos e México. A autora destaca a importância de eventos como a Flip para mostrar ao mundo a diversidade da literatura brasileira, incluindo a produção cultural do Nordeste.

Alana Portero, autora de "Mau Hábito", livro eleito o melhor do ano na Espanha, traz em sua obra os desafios, a dor e os perigos enfrentados pelas pessoas transsexuais, assim como ela. Ela acredita que sua narrativa, apesar de ter um tema específico, é universal e pode ser apreciada por qualquer pessoa.

Denise Carrascosa, escritora, feminista negra e abolicionista, concentra seus esforços em dar voz às mulheres encarceradas no Brasil. Ela destaca a importância de se buscar uma sociedade utópica sem hierarquias raciais, de gênero e de territórios, onde se valoriza a diferença em vez de se falar em desigualdade.

Conclusão

A Flip é mais do que uma festa literária: é um espaço de convergência onde leitores e escritores se encontram para celebrar a literatura em toda a sua diversidade. Neste ano, as mulheres estão em destaque, trazendo temas relevantes e promovendo reflexões sobre igualdade, cultura e fraternidade. O evento é uma oportunidade única de conhecer novas vozes, expandir horizontes e se emocionar com as histórias que são compartilhadas.

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