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Diretor de sindicato e apoiador são presos após confusão em assembleia na Embraer em São José dos Campos, SP

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O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e um apoiador são presos durante assembleia na Embraer

Na tarde desta terça-feira (3), uma confusão durante uma assembleia realizada na cidade de São José dos Campos resultou na prisão do diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, José Dantas Sobrinho, e de um apoiador, Ederlando Carlos da Silva. A Polícia Militar foi chamada para intervir na situação, que ocorreu na unidade da Embraer, onde funcionários do turno da tarde foram abordados pelos representantes sindicais na entrada principal da fábrica.

Durante a assembleia, que era a segunda do dia, foi realizada uma votação que aprovou uma paralisação de uma hora. No entanto, os funcionários acabaram entrando na fábrica, resultando na suspensão da paralisação. Após a votação, houve uma confusão na entrada da fábrica, momento em que o diretor do sindicato e o apoiador foram presos.

A abordagem policial e a alegação de agressão

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, o diretor e o apoiador estavam formando um cordão de isolamento em um outro portão da empresa quando foram abordados pelos policiais, causando a confusão. A defesa dos dois homens detidos alega que eles foram agredidos pelos policiais durante a abordagem.

Após serem conduzidos à Central de Flagrantes da Polícia Civil, ambos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal, onde estão prestando depoimento. A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar para obter mais informações sobre o motivo das prisões e a alegação de agressão, mas não obteve retorno até o momento.

Segundo uma nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública, a equipe da Polícia Militar que acompanhava a manifestação foi hostilizada por duas pessoas, sendo necessária a detenção e condução delas para a delegacia. A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Federal.

Motivos da assembleia e reivindicações do Sindicato

Durante a paralisação parcial realizada pela manhã na Embraer, os funcionários protestaram contra a intenção da empresa de diminuir a estabilidade no emprego em casos de doença ocupacional e acidente de trabalho. Atualmente, a estabilidade é válida até a aposentadoria para ambos os casos.

O Sindicato dos Metalúrgicos argumenta que a Embraer pretende reduzir a estabilidade para 21 meses em casos de doença ocupacional e para 60 meses em acidentes de trabalho. Além disso, a categoria também reivindica um reajuste salarial acima da inflação.

Posição da Embraer

A Embraer, em nota, informou que concedeu um reajuste salarial de 4,06% aos colaboradores que recebem até R$ 10 mil, o que representa 100% da inflação do período. Para os colaboradores que recebem acima desse valor, foi oferecido um valor fixo de R$ 406.

A empresa e o Sindicato estão utilizando como referência de negociação o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que corresponde a 4,06%, valor proposto pela Embraer.

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