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Ações de Cemig e Copasa caem após proposta de federalização para quitar dívida de MG com União

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As ações da Cemig e Copasa fecham em queda após preocupações com a federalização

No pregão desta quarta-feira (22), as ações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) encerraram o dia em queda. Essa baixa ocorreu devido às preocupações dos investidores sobre uma possível federalização das empresas. A Cemig (CMIG4) desabou 9,71%, chegando ao valor de R$ 11,35. Já a Copasa (CSMG3) caiu 2,83%, sendo cotada a R$ 18,17. O índice Ibovespa (IBOV) teve uma pequena alta de 0,33% e alcançou a marca de 126 mil pontos.

Essa queda nas ações ocorre em meio a uma proposta alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para o pagamento da dívida de Minas Gerais com a União. O governador do estado, Romeu Zema (Novo), considera essa proposta uma possível "solução definitiva" para o problema. Além das empresas mencionadas, a proposta também cita a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que não possui ações negociadas na bolsa de valores brasileira, a B3.

O governador Zema se reuniu nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), em Brasília, para discutir o assunto. Um dia antes, o projeto foi apresentado por Pacheco ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além da federalização das companhias, a proposta prevê a cessão de créditos à União relacionados ao acordo em discussão sobre a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana. Além disso, propõe a instituição de um novo Programa de Refinanciamento e Regularização Fiscal do Rio Grande do Norte (Refis) para os estados.

Alternativa ao RRF

Atualmente, a dívida de Minas Gerais com a União é de cerca de R$ 160 bilhões. O governador Romeu Zema enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei que autoriza o estado a aderir ao RRF. No entanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o presidente da Assembleia, Tadeu Martins Leite (MDB), defendem que o RRF não solucionará o problema da dívida e que também prejudicará os servidores públicos.

O plano do RRF prevê a concessão de duas recomposições inflacionárias em nove anos. Segundo projeções do governo estadual, a dívida de Minas Gerais com a União chegará a R$ 210 bilhões ao final desse período.

O Ministério da Fazenda se recusou a comentar sobre o assunto. Já o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na terça-feira que o governo federal buscará uma "solução amigável" que seja sustentável para Minas Gerais e a União, além de estudar as ideias apresentadas.

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